6 de mai. de 2010

Realidade

Você já visitou um asilo?? Eu sim!! Sábado uma galera da juventude da ADD aqui de Três Passos foi até o S.O.S. Família fazer uma visita. Aproveitamos a semana que antecedeu a ida e arrecadamos caixinhas de leite para levar. A realidade dos velhinhos do asilo é muito díficil. Por mais que eles recebam carinho e cuidado do pessoal que trabalha lá, eles sentem falta de rostos novos e pessoas diferentes para conversar. Aproveitamos e cantamos bastante com eles, eles também cantaram, sorriram e no final queriam que a gente voltasse na outra semana. Aproveitando a temática, aí vai algumas informações que pesquisei na Revista Veja sobre a  realidade dos asilos brasileiros.

DIFERENÇAS REGIONAIS
- No Sul, 60% dos internos são mulheres, como ocorre no resto do mundo. No Centro-Oeste e no Norte, 60% dos residentes são homens, muitos deles provenientes de outras regiões;
- No Sul, os asilos obtêm 67% de sua receita com mensalidades. No Centro-Oeste e no Norte, o governo paga de 55% a 65% da conta;
- No Sul, 40% das instituições são privadas. No Centro-Oeste, 5%. No Norte, são só 2%;
- Cada asilo abriga, em média, 25
pessoas [no S.O.S Família tem 45 idosos]
- O gasto mensal de um idoso no asilo é de 600 reais
- São Inválidos:14%
- Têm entre 60 e 70 anos: 23%
- Têm entre 70 e 80 anos: 30%
- Têm mais de 80 anos: 33% 

Fonte: Condições de Funcionamento das Instituições para Idosos no Brasil, de Ana Amélia Camarano

Levar um pouco de alegria para aqueles que a vida já deu muitas tristezas é um ato de amor. Pessoas com almas caridosas fazem isso. Aproveite ainda dá tempo!


Como se morre de velhice
Como se morre de velhice ou de acidente ou de doença, morro, Senhor, de indiferença. Da indiferença deste mundo onde o que se sente e se pensa não tem eco, na ausência imensa. Na ausência, areia movediça onde se escreve igual sentença para o que é vencido e o que vença. Salva-me, Senhor, do horizonte sem estímulo ou recompensa onde o amor equivale à ofensa.
De boca amarga e de alma triste sinto a minha própria presença
num céu de loucura suspensa. (Já não se morre de velhice
nem de acidente nem de doença, mas, Senhor, só de indiferença.)

Cecília Meireles, in 'Poemas (1957)'

 

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